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Os consulados americanos registraram um aumento de 53% no número de solicitações de vistos de não imigrantes no Brasil para os Estados Unidos. Os números constam de um levantamento da empresa de mobilidade global HAYMAN-WOODWARD. A pesquisa, realizada com dados do Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA (USCIS), de 2021 a 2023, demonstra que houve uma “explosão” no número de vistos para não imigrantes com aumento de 3.820%. Em 2021, foram emitidos 27.220, passando para mais de R$ 1 milhão em 2023. Dentre os estados americanos mais procurados estão Massachusetts, New York, Flórida, New Jersey, e Connecticut.

Os vistos de não imigrante são utilizados para viagens temporárias aos EUA que incluem turismo, trabalho temporário, estudo e intercâmbio. São muito fáceis de serem aceitos, porque exigem menos documentação e o critério para aprovação é mais flexível, já que não se trata de uma solicitação mais definitiva como é o green card.

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 “No entanto, é importante reforçar que muitos dos vistos de não imigrantes como o O1 e o H1B são considerados de extensão dupla, e por isso, permitem uma migração mais fácil para o green card. Resumindo, este pode ser um caminho mais rápido e mais seguro para quem deseja morar e trabalhar nos EUA”, explica o CEO da HAYMAN-WOODWARD Leonardo Freitas.

A depender da modalidade, os vistos de não imigrantes costumam ser emitidos em prazo de semanas ou até de alguns meses.

O que é preciso para dar entrada em um visto de não imigrante?

O processo de entrada para solicitação dos vistos de não imigrantes pode variar bastante, a depender do tipo de modalidade. Por exemplo, para o visto 01, um dos mais exigentes, é necessário comprovar experiência destacada em seu ramo de atividade. Nos vistos de não-imigrantes, que não são relacionados a estudos, normalmente é preciso comprovar a graduação e experiência de trabalho de 2 a 5 anos.

Já para o visto E2 de investidor para quem tem nacionalidade portuguesa, italiana, etc, o processo é menos burocrático, bastando o investimento de US$ 50.000 a US$ 100.000. Além disso, sobre taxas governamentais, o requerente irá desembolsar algo entre US$ 500 a US$ 1.000.

Confira a lista completa com 19 tipos de vistos para não-imigrantes e para quais profissões são destinados:

A1: Visto para diplomatas, chefes de estado e outros oficiais de governo que viajam aos EUA em funções oficiais.

A2: Visto para outros funcionários de governos estrangeiros e suas famílias que viajam aos EUA em funções oficiais.

O-1: Visto para indivíduos com habilidades extraordinárias nas ciências, artes, educação, negócios ou atletismo.

J-1: Visto para participantes de programas de intercâmbio, como estudantes, pesquisadores, e professores.

P-1: Visto para atletas reconhecidos internacionalmente, membros de equipes esportivas, e artistas de renome.

I: Visto para representantes de mídia estrangeira, como jornalistas e cinegrafistas, em funções relacionadas ao seu trabalho.

H-3: Visto para estagiários ou participantes de programas de educação especial que vêm aos EUA para treinamento que não está disponível em seu país de origem.

M-1: Visto para estudantes de escolas vocacionais ou não acadêmicas, exceto programas de idiomas.

B1/B2: Visto combinado para visitantes de negócios (B1) e turismo (B2).

B1 in lieu of H-1B: Visto para negócios que permite ao portador trabalhar nos EUA temporariamente em um papel que normalmente exigiria um visto H-1B.

B1 Employee of: Visto para empregados de uma entidade estrangeira que viajam aos EUA para realizar trabalho para a entidade.

B1 OCS: Visto para funcionários de empresas estrangeiras que trabalham em projetos da Outer Continental Shelf (Plataforma Continental Exterior) dos EUA.

C1-D: Visto combinado para tripulantes de navios ou companhias aéreas que estão em trânsito nos EUA (C1) e para aqueles que estarão trabalhando a bordo de um navio ou aeronave (D).

G1: Visto para representantes principais de organizações internacionais, como a ONU, e seus familiares.

G4: Visto para funcionários de organizações internacionais, como a ONU, que viajam aos EUA em funções oficiais.

R1: Visto para trabalhadores religiosos que buscam entrar nos EUA para atuar em uma organização religiosa sem fins lucrativos.

E2: Visto para investidores de países com tratados de comércio e navegação com os EUA, permitindo-lhes viver e trabalhar nos EUA para desenvolver e dirigir o investimento.

E1: Visto para comerciantes de países com tratados de comércio e navegação com os EUA, permitindo-lhes viver e trabalhar nos EUA para conduzir atividades comerciais significativas.

F-1: Visto para estudantes acadêmicos que frequentam uma universidade ou outra instituição de ensino acadêmico, incluindo programas de inglês nos EUA.