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As despesas estimadas das empresas brasileiras com viagens de negócios registraram crescimento de 17% em março deste ano, em comparação com o mesmo período de 2022. Com isso, o setor atingiu faturamento de R$ 9,5 bilhões, o mais alto para o mês desde 2015. Os números constam do Levantamento de Viagens Corporativas (LVC), criado pela Fecomércio SP em parceria com a Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas (ALAGEV).

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No acumulado do trimestre, a indústria destaca crescimento de 29% em relação ao mesmo período do ano anterior, o que representa aumento de R$ 5,5 bilhões, totalizando R$ 24,5 bilhões.

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“Com base nos resultados do primeiro trimestre, as perspectivas para os próximos meses são ainda mais positivas. Nos relatórios anteriores, sobre janeiro e fevereiro, já tínhamos apresentado o melhor desempenho dos meses desde 2015 e esse recorde foi batido novamente. No que diz respeito a eventos corporativos, identificamos junto aos nossos associados – clientes e fornecedores – alta nas demandas, e estamos felizes com esses números”, comenta Giovana Jannuzzelli, diretora executiva da ALAGEV.

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De acordo com o estudo, março foi marcado pela retomada total das atividades das empresas no ano após o período de férias e Carnaval. Além disso, não apresentou feriados, o que contribuiu para o turismo de negócios.

Os preços dos serviços de turismo, como aviação e hospedagem, embora estejam em patamar ainda alto, estão mais estáveis do que em 2022 e, assim, existe uma possibilidade de melhor negociação com os fornecedores. Além disso, permite maior previsibilidade para o orçamento ao longo do ano.

Em uma análise econômica geral, o país e seus segmentos têm mostrado resultados positivos. Por exemplo, em março o setor de serviços cresceu 6,3% no contraponto anual, enquanto o comércio avançou 3,2% e a indústria, 0,9%.

Assim, a combinação ideal de um mês sem feriados, de uma inflação mais moderada e da economia crescendo traz uma movimentação importante nas viagens corporativas, seja do colaborador voando para visitar um cliente ou participar de uma feira ou se deslocando de ônibus para o interior e se hospedando para uma reunião.

O LVC ainda destaca que os dados apontados não parecem ser algo sazonal ou pontual, mas estrutural e com consistência a longo prazo, com o turismo corporativo prometendo apresentar bons resultados ao longo de 2023.

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