O setor de viagens corporativas registrou um faturamento de R$ 33,6 bilhões no primeiro quadrimestre de 2023. Em abril, as despesas estimadas pelas empresas com viagens alcançaram R$ 9,1 bilhões, registrando crescimento anual de 11,5%. Esse é o melhor desempenho para o mês desde 2015. A informação consta do Levantamento de Viagens Corporativas (LVC), criado pela FecomercioSP em parceria com a Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas (ALAGEV).
No acumulado do quadrimestre, a indústria destaca aumento de 23,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, o que representa incremento de R$ 6,4 bilhões, totalizando R$ 33,6 bilhões.
De acordo com o estudo, as variações anuais não significam que o setor de viagens corporativas está esfriando, pelo contrário. O crescimento de abril, de 11,5%, ficou abaixo dos 16,9% de março e dos 52,7% de fevereiro, e esses resultados são consequência da base de comparação que está cada vez mais elevada. Os meses a partir de agora serão analisados com períodos “normais”, sem interferência da pandemia.
“Os resultados de abril e a soma do quadrimestre continuam apresentando crescimento positivo. Nos relatórios anteriores, sobre janeiro, fevereiro e março, já tínhamos mostrado o melhor desempenho dos meses desde 2015. E os comparativos com 2022 agora serão ainda mais representativos, pois vamos avaliar com um período sem a crise da pandemia da covid-19. A perspectiva é de manter esse aumento, mesmo com porcentagens menores”, comenta Giovana Jannuzzelli, diretora executiva da ALAGEV.
Outra observação demonstrada pela pesquisa é que os preços de alguns serviços, como o transporte aéreo, estão menos pressionados do que há um ano, com valores até mais baixos. Esse contexto também colabora para que as variações no LVC sejam mais amenas. Há uma compensação, mas no final o saldo se mantém positivo por conta da recuperação da economia. Por mais que se tenha algum tipo de redução de preços, a demanda, por outro lado, tem aumentado fortemente.
Os dados bastante favoráveis em março e abril, com faturamento superior a R$ 9 bilhões, mostram que, após o carnaval, o setor corporativo ganhou ainda mais tração. Em praças importantes, como São Paulo, grandes feiras e eventos movimentaram a região.
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