Companhias aéreas e aeroportos estão enfrentando um salto nas taxas de extravio de bagagens. A informação consta do relatório de Insights em TI para Bagagens – 2023, da SITA, divulgado nesta terça-feira (16/05). De acordo com o documento, o número de malas extraviadas quase dobrou de 2021 para 2022, atingindo 7,6 bagagens por mil viajantes. O número representa um aumento de 75% em relação a 2021.
Escassez de funcionários, retomada das viagens internacionais e superlotação nos aeroportos tornaram desafiador o gerenciamento das bagagens e sua garantia de manuseio sem irregularidades nos terminais – especialmente durante os períodos de pico de viagens.
Em 2022, as bagagens que sofreram atrasos representaram 80% de todas as malas extraviadas. Já as perdidas e roubadas aumentaram para 7% e as danificadas e furtadas reduziram para 13%.
Historicamente, as malas dos voos com conexão são responsáveis pela maioria das bagagens extraviadas. Esse fato não foi diferente em 2022, que registrou um aumento de um ponto percentual em relação a 2021, o que eleva para 42% a proporção de bagagens com atraso durante a transferência.
“Depois de uma década em que a taxa de extravio caiu mais da metade, entre 2007 e 2021, é desanimador constatar que esse índice voltou a subir. Como setor, precisamos trabalhar fortemente para garantir que os passageiros voltem a ter confiança ao despachar suas bagagens. Nós, da SITA, estamos atuando diretamente com companhias aéreas e aeroportos para auxiliar na solução dos principais pontos críticos da jornada da bagagem, por meio da automação inteligente, rastreamento e plataformas digitais”, ressalta David Lavorel, CEO da SITA.
Automação
A SITA desenvolveu o sistema WorldTracer Auto Reflight em resposta direta às altas taxas de extravios observadas nas transferências. Essa solução identifica automaticamente as bagagens que provavelmente não chegarão ao voo de conexão. Sendo assim, a tecnologia planeja e reenvia as malas no próximo disponível, utilizando a etiqueta de bagagem existente e mantendo o passageiro informado.
A SITA estima que a automação das operações de reenvio poderia economizar até US$ 30 milhões por ano para a indústria.