O famoso evento de música e cultura do Vale do Café está de volta. Nesta 18ª edição, música e história voltam a se reunir. Este ano, além das fazendas históricas, levará também música às estações de trem e centros culturais para celebrar os recantos que ajudam a contar a história da própria região.
Entre os sabores, uma iguaria que tem chamado atenção na região são os alambiques de produção de cachaças especiais, como na Fazenda das Palmas, em Engenheiro Paulo de Frontin. A Fazenda recebe seus visitantes no dia 22, sábado, às 9h30 e no domingo, dia 23, às 10h, para apresentar as instalações e o alambique onde é produzido a premiada cachaça orgânica Pindorama. Após degustação das versões branca e envelhecida, no sábado, dois mestres conduzem o show: o violonista Turíbio Santos e a pianista Maria Teresa Madeira.
Construído originalmente em 1855, o alambique havia sido desativado e abandonado, porém ainda mantinha a caldeira inglesa, importada via Alemanha no começo do século XX. Assim nasceu a Pindorama, cujo nome coincidentemente significa em Tupi-guarani, região das palmeiras ou terra livre do mal.
“Ao decidirmos reformar o alambique e restabelecer a produção de cachaça, realizamos todo um trabalho de pesquisa histórica da bebida e também da região da fazenda, como forma de fundarmos uma marca com um DNA que carrega esse legado cultural e histórico e ao mesmo tempo está se posicionando como uma via sustentável de produção agroflorestal que leva em conta as necessidades da realidade do século XXI. A Pindorama vem com uma proposta de ressignificar a nossa cultura, infelizmente muito aliada a desmatamento, à monocultura extrativista e à exploração. Queremos mudar isso e tudo que fazemos reflete essa ética.” diz Rafael Daló, um dos sócios e diretor criativo da Pindorama.
A partir dessa reforma, depois de muitos ajustes e aprendizado para garantir um produto de altíssima qualidade, o alambique passou a produzir em torno de 50 mil litros de cachaça prata ao ano, o carro-chefe da marca. Dez por cento dessa produção destina-se à criação da versão descansada em barris de amburana. A própria empresa planta dez árvores da madeira para cada barril utilizado. O processo começa desde o plantio da cana de açúcar que é realizado na própria fazenda, próximo ao alambique. Um fator importante que acaba por enriquecer a fermentação e garantir ao processo uma temperatura e fatores ideais são os mais de 100 hectares de mata-atântica que cercam o alambique e são hoje uma APP (Área de Proteção Permanente).
18º Festival Vale do Café
19 a 23 de julho de 2023 na região Vale do Café, RJ
Programação Fazendas das Palmas
- 22/07 – sábado – 9h30
Visitação ao alambique + concerto com Turibio Santos e Maria Teresa Madeira – Pérolas do violão e Piano
23/07 – domingo – 10h
Visitação ao alambique, com degustação + venda de produtos com desconto