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A Booking.com divulgou a maior pesquisa realizada sobre turismo LGBTQIA+. O novo estudo destaca o progresso constante, bem como os recentes retrocessos que essa comunidade enfrenta quando o assunto é viagem. Realizada com 11.555 viajantes LGBTQ+ em 27 países, incluindo o Brasil, os resultados da pesquisa indicam que, apesar do crescente reconhecimento do setor de turismo em relação ao escopo e à variedade das experiências LGBTQ+, muitos viajantes ainda encontram grandes desafios. O maior deles são as políticas inclusivas das empresas do setor.

A indústria de turismo está desempenhando um papel importante na mudança de atitudes e percepções. Ainda assim, a pesquisa mostra que há muito mais a ser feito para atender às necessidades dos viajantes LGBTQ+ e que há uma clara necessidade de as empresas de viagens se apresentarem como aliadas para implementar políticas que sejam inclusivas e acolhedoras para viajantes LGBTQ+:

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•             77% dos brasileiros LGBTQ+ tendem a favorecer companhias aéreas e marcas com políticas inclusivas (por exemplo, uniformes de gênero neutro);

•             76% deles dizem que preferem reservar viagens e experiências com marcas de pessoas LGBTQ+.

Desafios enfrentados pela comunidade

Em todo o mundo, ainda existem 64 países que criminalizam as relações entre pessoas do mesmo sexo— incluindo 11 onde a pena de morte pode ser imposta. Isso significa que destinos como esses estão fora de questão para a maioria dos viajantes LGBTQ+. Entre os brasileiros entrevistados, por exemplo, quase três quartos (72%) afirmam que alguns destinos estão completamente fora de cogitação, por falta de políticas inclusivas. E mesmo depois de reservar viagens, a comunidade LGBTQ+ permanece vigilante. Dentre esse público, metade (50%) dos brasileiros cancelaram uma viagem no ano passado depois de ver a falta de apoio de um destino em relação às pessoas LGBTQ+.

A discriminação continua sendo uma preocupação fundamental em toda a experiência de viagem, sendo que três em cada cinco (60%) participantes do Brasil já sofreram discriminação ao viajar. Além disso, 22% afirmam ter sido olhados, ridicularizados ou abusados verbalmente por outros viajantes, e um número semelhante (19%) conta que já enfrentou a mesma situação, mas de moradores locais em seu destino de viagem, enquanto 15% relatam que sofreram ameaça ou intimidação das autoridades locais.

Para pessoas transgêneros, as viagens podem trazer barreiras adicionais, por exemplo, se sua identidade de gênero, nome ou aparência não corresponderem aos do passaporte. O estudo apontou que, para 70% dos viajantes brasileiros LGBTQ+, ser uma pessoa da comunidade afetou a forma de escolher suas roupas e maquiagem durante a viagem, enquanto dois em cada cinco (41%) já sentiram que precisavam mudar seu comportamento para evitar julgamentos ou interações embaraçosas com outras pessoas (contra 30% em 2022), e 28% deles preferiram mudar a aparência para evitar a mesma situação (contra 21% em 2022).

 Transformando cautela em confiança

Embora as preocupações com a segurança pessoal tenham um impacto fundamental nas escolhas de destinos da comunidade brasileira LGBTQ+ (39%), outras motivações desempenham um papel importante para viajar, como ótimas praias (50%), belas paisagens naturais (48%) e gastronomia local saborosa (46%).

Experiências positivas de viagem também estão se tornando muito mais comuns e, sem dúvida, aumentando a confiança da comunidade LGBTQ+. Em relação a acomodações, metade (50%) dos respondentes brasileiros tiveram uma comunicação amigável e informativa com a propriedade antes da chegada (contra 27% em 2022), e 45% deles tiveram ótimas primeiras impressões na chegada, como drinques de boas-vindas e equipe simpática (contra 37% em 2022). Além disso, os brasileiros LGBTQ+ são a segunda nacionalidade que mais aprecia a experiência de reservar viagens (91%), atrás apenas dos entrevistados de Hong Kong (96%).

“Na Booking.com, acreditamos que todas as pessoas devem ser capazes de vivenciar o mundo exatamente como são. Embora a visibilidade, a compreensão e a aceitação das pessoas LGBTQ+ tenham evoluído muito nos últimos anos, não podemos considerar esse progresso garantido. O setor de turismo deve se esforçar para ser um exemplo de inclusão, ajudando a promover um ambiente em que todos possam crescer e prosperar”, diz Arjan Dijk, CMO e Vice-Presidente Sênior da Booking.com.