A Copa Airlines utiliza o Boeing 737 Max9 em sua frota - Foto: Divulgação

Com a retomada do tráfego aéreo internacional e viagens aéreas domésticas voltando aos níveis pré-pandemia, a Boeing estima uma demanda global por 42.595 novos aviões comerciais até 2042. Os números constam da Previsão de Mercado Comercial 2023 da Boeing, apresentada antes da Paris Air Show. De acordo com as estimativas para os próximos 20 anos, o valor total das aeronaves chega a US$ 8 trilhões.

O novo CMO foi lançado três anos após a pandemia ter imobilizado a maior parte da frota global e, dentre os seus principais dados, estão:

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•             O tráfego de passageiros continua superando o crescimento econômico global de 2,6%.

•             A frota global quase duplicando para 48.600 jatos, com crescimento de 3,5% ao ano.

•             As companhias aéreas substituirão cerca de metade da frota global por modelos novos e mais econômicos.

“O setor da aviação demonstrou resiliência e adaptabilidade após uma interrupção sem precedentes, com as companhias aéreas respondendo aos desafios, simplificando suas frotas, melhorando a eficiência e capitalizando com a volta da demanda”, disse Brad McMullen, vice-presidente sênior de vendas comerciais e marketing da Boeing. “Olhando para o futuro das viagens aéreas, nosso CMO de 2023 reflete o aumento do tráfego de passageiros vinculado ao crescimento global da classe média, investimentos em sustentabilidade, crescimento contínuo das companhias aéreas de baixo custo e demanda de transporte de carga para atender ao crescimento das cadeias de suprimentos e ao mercado de entrega expressa de carga.”

As projeções da Boeing para a demanda regional e as principais tendências até 2042 incluem:

•             Os mercados da Ásia-Pacífico representam mais de 40% da demanda global, com metade desse total na China.

•             A frota do Sul da Ásia crescerá mais de 7% ao ano, a maior taxa do mundo, com a Índia respondendo por mais de 90% do tráfego de passageiros da região.

•             A América do Norte e a Europa serão responsáveis, cada uma, por cerca de 20% da demanda global.

•             As companhias aéreas de baixo custo vão operar mais de 40% da frota de corredor único em 2042, bem acima dos 10% estimados há 20 anos.

•             Depois de omitir a demanda na Rússia e Ásia Central no CMO do ano passado devido às incertezas na região, a previsão deste ano traz dados sobre a Rússia e Ásia Central na região da Eurásia, que corresponde a cerca de 3% da frota global até 2042.

•             A área de Serviços Comerciais deve gerar US$ 3,8 trilhões, incluindo soluções digitais que aumentam a eficiência e reduzem custos, uma demanda robusta por peças e soluções de cadeia de suprimentos, opções crescentes de manutenção e modificação e treinamento eficaz para aumentar a segurança e apoiar o pipeline de pilotos e técnicos.

Em sua previsão para os próximos 20 anos, a Boeing estima as seguintes demandas:

•             Os novos aviões de corredor único representarão mais de 75% de todas as novas entregas – um pouco acima do apresentado na perspectiva de 2022 –, totalizando mais de 32 mil aeronaves.

•             Os novos jatos de fuselagem larga devem representar quase 20% das entregas, com mais de 7.400 aeronaves, permitindo que as companhias aéreas atuem em novos mercados e atendam às rotas atuais com mais eficiência.

•             O transporte aéreo de carga continuará superando o crescimento do comércio global. Com isso, as empresas usarão 2.800 aviões exclusivos para transporte de carga. Isso inclui mais de 900 novas aeronaves de fuselagem larga, além de modelos convertidos de fuselagem estreita e fuselagem larga.

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